domingo, 28 de agosto de 2011

PROINFO II_REFLETINDO SOBRE A POSTURA DA ESCOLA DIANTE DAS NOVAS TECNOLOGIAS


MARTA LEONORA BATISTA DOS SANTOS


A escola tida como um espaço de construção do conhecimento é também um lugar privilegiado na promoção da inclusão digital, por isso deve está atenta às mudanças propiciadas pelo contexto social, histórico e cultural. E um dos desafios atual de cada instituição escolar é inserir no seu currículo os avanços tecnológicos como ação pedagógica capaz de garantir melhor aprendizagem do alunado em todas as áreas de conhecimento, visando o seu sucesso intelectual, social e tecnológico.
No entanto, o uso de novas Tecnologias de Informação e Comunicação no cenário escolar requer a formação, o envolvimento e o compromisso de todos os protagonistas do processo educacional (professores, gestores e especialistas) no sentido de repensar o processo ensino e aprendizagem na perspectiva dos novos paradigmas tecnológicos, proporcionando a integração da escola na sociedade contemporânea.
Desta forma, o domínio dos recursos da internet e do pacote de programas oferecidos pelo BrOffice, como Writer (Editor de Textos), Calc (Planilha Eletrônica), Impress (Programa de Apresentação de Slides), dentre outros, é parte importante dos cursos de formação continuada de professores, gestores e especialistas, capacitando-os para o uso pedagógico das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), utilizando, assim, os recursos e serviços mais usuais dos computadores que é o Sistema Operacional Linux Educacional softwares livres, com vistas a facilitar a implementação de meios de comunicação eficazes com alunos, professores e comunidade.
Como Prata (p.96) diz: inclusão seria aprender a utilizar às tecnologias necessárias a formação, que contribui para que a comunidade escolar ingresse na sociedade tecnológica.
O caminho da inclusão digital do ponto de vista pedagógico é complexo, pois os avanços tecnológicos ocorrem de forma rápida e isso gera dúvidas, adaptações e desafios, motivando cada educador a ultrapassar os obstáculos e conseguir desenvolver ações curriculares em um processo digital inclusivo.
Para tanto é necessário promover a inclusão digital nas escolas, visando dinamizar e qualificar os processos de ensino e de aprendizagem para a melhoria da qualidade de ensino.
Enfim, a inclusão ou alfabetização digital é fundamental para todos que lidam com educação e nenhuma instituição educacional poderá negar o acesso ao universo tecnológico pelos alunos e comunidade em geral.
Existem inúmeras formas de envolver a escola na era digital, desde a disponibilidade de sala e equipamento de informática, a formação continuada de professores e demais profissionais da educação, implantação e implementação de projetos de aprendizagem articulando tecnologia e área de conhecimento, organizando e sistematizando conteúdos em diversos tipos digitais, principalmente de produção de textos, pesquisas, comunicação até criação e uso de blogs.
A escola pode inclusive usar os recursos tecnológicos como ferramenta de divulgação do seu trabalho educacional, pois toda escola tem no cerne do seu Projeto Político Pedagógico uma série de atividades pedagógicas, as quais são propostas e deliberadas pelos atores educacionais e desenvolvidas no decorrer do ano, mas não são divulgadas em rede aberta para serem lidas e discutidas pelos internautas.
Sendo assim, deve-se incluir a comunidade escolar na “normalidade” exigida pela nova era, uma vez que uma das tarefas direcionadas à escola é garantir em todos os aspectos os diretos garantidos ao aluno e um exigido pelo contexto histórico é cumprir o direito de inclusão digital, de maneira a incluir cada vez mais o aluno na sociedade.
Os usuários, especificamente os alunos, são mais do que meros consumidores das novas tecnologias; são produtores de mensagens e de diversos tipos de conteúdo que passaram a fazer parte da circulação coletiva de informação. A inserção da escola no ecossistema comunicativo será antes de tudo uma experiência cultural, num ambiente informal e num espaço educacional descentralizado, divulgando suas ações pedagógicas planejadas, sistematizadas e implementadas, as quais almejam, sobretudo, a melhoria na qualidade de ensino.
É preciso situar a escola dentro do contexto tecnológico e entender as potencialidades educativas, incentivar o alunado para acessar as redes sociais e realizar comentário com o intuito de que seja antes de tudo uma experiência de aprendizagem diferenciada do regular, normal, estabelecido.
Sendo assim, a escola que almeja conectar-se com o universo digital perpassa pela ideia de que não deve ser meramente uma ferramenta tecnológica para ensinar e aprender, mas sim, uma prática a ser alinhada com a pedagogia e práticas que estão sendo utilizadas no currículo escolar. Um exemplo de inserção é um modelo de edublog como uma rede colaborativa de aprendizagem, o qual sugere que o blog deve adquirir melhores resultados através do currículo escolar e não através do uso isolado dentro de unidades curriculares (O´DONNELL, 2005).
A escola incluída tecnologicamente vai disseminando a integração entre várias linguagens, pois vai escrevendo textos com intuito de relatar as experiências pedagógicas e postar arquivos de vídeo e fotos. Afinal enquanto profissionais frente aos avanços tecnológicos devemos aprender a lidar com uma linguagem midiática. Conforme Alonso (2009): entre a cultura da escola, a cultura da letra e da palavra, uma cultura de códigos lentos (verbais e textuais), e a cultura social, a cultura de fora, uma cultura de códigos muito mais rápidos (visuais e multimídia).
O uso de diversos tipos de literatura e recursos visuais na divulgação em rede aberta dos trabalhos registrados possibilita a valorização da beleza visual tão expressiva nos registros escolares.
Enfim, possibilitar o alcance social da escola é de relevante importância para a interação entre escola, tecnologia e sociedade, visto que a transversalização dos conteúdos didáticos ao processo tecnológico e à sociedade possibilitará a construção de uma escola aberta, progressista, democrática, tecnológica.


REFERÊNCIAS


1. ALONSO, Cristina. Congresso Nacional de Educação. Santos Grupo PromoFair, 2009.
2. PRATA, Carmem Lúcia. A informática na escola: Uma construção coletiva. IN:Luce, M.B. e MEDEIROS, I.L. Gestão Escolar Democrática: concepções e vivências. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2006.
3. Ministério da Educação. Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional − PROINFO INTEGRADO. Brasília, 2010.
4. RODRIGUES, Ailen. Blog para Educar. Disponível em http://edukabytes.blogspot.com Acesso em 6 Jun 2010.

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